No refrão de “Somos Biltres”, faixa de abertura do EP BananoBikenologia (2012), o BILTRE já anuncia de cara ao que veio: "Vamos cantar para ver lavar o coração". E, de fato é impossível ficar imune ao som da banda. Reunindo influências mais do que heterogêneas, a banda cria um caldeirão sonoro que vai de Clube da Esquina a Radiohead, dando um pulo em Belém do Pará sem medo de ser feliz. O resultado é contagiante, cheio de mojo e não deixa ninguém ficar parado.
As músicas são compostas coletivamente pelo quinteto, que já possuía afinidade musical antiga – Arthur Ferreira (ex-Caraminholas), Claudio Serrano (ex- Laranja Dub), Diogo Furieri (ex- Caraminholas; El Ef (ex- Caraminholas) e Vicente Coelho (ex- Caraminholas) – e são repletas de bom humor e irreverência, sem se furtar de uma visão crítica do cotidiano. Este bom humor se materializa com a imagem de uma banana com referências cômicas e tropicalistas que acompanha a banda e inspira o nome do álbum. Álbum este, que foi lançado em um formato bem diferente: Um pendrive estilizado em forma de banana (!) com 4gb de músicas, fotos e vídeos autorais. Em 2015, um CD também foi lançado com novidades além daquelas do EP para materializar o trabalho e torná-lo acessível a todos os públicos.
Nos shows tradicionais o esmero da banda é igualmente impecável. O uso de diversos recursos de iluminação e de Video Mapping traçam o contorno visual da apresentação. Os beats eletrônicos - produzidos pelos mais diversos equipamentos – balançam as caixas e proporcionam o "groove nelson" próprio do BILTRE. O somatório dessa equação é um espetáculo enérgico que faz qualquer um dançar.
Nessa curta estrada (desde 2011) a banda já se apresentou em importantes palcos como: Circo Voador (3 vezes); Studio RJ, Centro Cultural Sergio Porto; fez shows em Belo Horizonte, e dezenas de vezes nas ruas do Rio de Janeiro (arcos da lapa, lagoa, aterro do flamengo, praça da rua Farani, dentre outros). Participou ainda do festival Se Rasgum em Belém do Pará, em 2014.
Para além da música, o BILTRE é uma forma de enxergar o mundo. Uma forma divertida, calorosa, dançante, mas jamais descompromissada. Então deixe rolar o Melody Groove, porque afinal: “NÓS SOMOS BILTRES, TODOS NÓS SERES HUMANOS”.
