Quanto tempo eu tenho pra alinhar essa vida torta
A música no momento é o que me conforta
A lucidez fugiu quando eu abri a porta
Eu acho que foi bem melhor assim
Encontrei com a rua num encontro casual
Vestida de prazer, exalando lazer, com olhar imoral
Foi paixão à primeira vista, antes disso eu era cego
O coração martelava aventura e eu me sentia um prego
Então me joguei sem saber o por quê
Nem me perguntei e nem precisei
No fundo eu sabia que o meu destino nunca foi ser preso dentro da gaiola
Hoje tenho o mundo, o mundo me tem
Aliança mútua, as brigas só vêm
Porque a maioria que vive no mundo ainda insiste em viver na gaiola
Mas a poesia me ampara quando a mente me sabota
Foda que minha mente não para e o conforto nunca me nota
O vento que sopra as respostas não aparece já faz uma cota
Hoje eu vou pra rua me encontrar
Pois é de encontro que a rua gosta
Quanto tempo eu tenho pra alinhar essa vida torta
A música no momento é o que me conforta
A lucidez fugiu quando eu abri a porta
Eu acho que foi bem melhor assim
Saio pra rua a noite me abraça
não sei se é uma farsa
mas é desse jeito
minha mente inquieta
logo me afeta
não me deixa em casa
faz barulho em mim o sossego
Pássaros engaiolados também sabem cantar
mas cantam sempre na esperança de um dia voar
Ela lasciva, as vezes temível, por isso também irresistível
E se vacila ela te devora, por isso também eu arrisco
Risco sua pele ela goza, devolve uma vida intensa
é subversiva, às vezes arisca, mas vale a recompensa
Eu tô com ela
Estando fraco ou estando forte,
Ela me revela,
Tudo sobre a vida e a morte,
Nem sempre tá bela,
As vezes também tô destruído,
Mas pra ser encontrado por ela,
Precisa primeiro tá perdido
E eu tô
Quanto tempo eu tenho pra alinhar essa vida torta
A música no momento é o que me conforta
A lucidez fugiu quando eu abri a porta
Eu acho que foi bem melhor assim
Quanto tempo eu tenho pra alinhar essa vida torta
A música no momento é o que me conforta
A lucidez fugiu quando eu abri a porta
Eu acho que foi bem melhor assim