2 141 fãs
Hino da Umbanda | Sérgio Pererê | 04:22 | |
Ponto de Oxum | Sérgio Pererê | 03:09 | |
Oiá | Sérgio Pererê | 02:22 | |
Refazendo a Costura | Sérgio Pererê | 03:39 | |
Oração do Perdão | Sérgio Pererê | 03:08 | |
Filho de Odé | Sérgio Pererê, Raquel Coutinho | 03:48 | |
Rosário dos Pretos | Sérgio Pererê | 04:20 | |
Coração de Marujo | Sérgio Pererê, Silvia Gomes | 03:41 | |
Costura da Vida | Sérgio Pererê | 04:06 | |
Iemanjá | Sérgio Pererê | 01:33 |
Música Preta Brasileira | Black Brazilian Music
40 faixas - 82 fãs
O que primeiro chama atenção é a voz. Depois, todos os afetos que a atravessam. E é junto à voz que tudo se une e realiza o artista Sérgio Pererê. Artista-hífen-MPB-Charango-Samba-Cavaquinho-Rock-Rebeca-Jongo-Capoeira-Jazz-Guitarra-Tango-Djembé-Blues- Toda uma gama de percussão O Congado, o Candomblé. Hífens que continuam para produzir algo novo Que não é simplesmente a sombra dos anteriores Mas um sabor diferente, como um novo tipo de berbere, de jacuba, de maniçoba, de tropeiro ou de todos esses pratos em que a mistura é a sua particularidade. Seus discos demonstram bem a força dessas misturas E cada qual um novo prato Do Labidumba (2008), a voz como percussão; do Serafim (2011), uma versatilidade mais pop; de Viamão (2016), a percussão que perpassa a latino-américa; Cada Um (2018), que realiza a mistura do tradicional e o contemporâneo; Linha de Estrelas (2005) e Famalé (2014), a ancestralidade que marcava já seu trabalho com o Tambolelê. Ancestralidade que costura sua obra, que conta com outras linhas: As águas Os anjos Os orixás As estrelas. Os caminhos e encruzilhadas. A existência. É Costura da Vida, Velhos de Coroa, os Guardiões da Memória, Cosme e Damião, a Alma Grande, Vento e Chama, Vendaval, o Riso do Sol, Zé Pereira, o Parto e o Fim da Ira. Vindo do bairro Glória em Belo Horizonte, Minas Gerais É Pererê quem determina seus territórios e linhas de fuga E se junta e compartilha desde sempre – suas mãos com outras mãos Descobrindo de onde vem – DNA África - E envolvido, a partir da família, com o que o cerca E leva à cidade seus afetos políticos como forma de luta (O transcendente é político) Seja no carnaval, seja no Movimento Negro (GloriÁfro, Bloco do Pirulito, Bala da Palavra, Dread Locko e tantos outros) E faz do mundo um palco, onde também virou ator E onde lança suas palavras, como no livro A Morte de Antônio Preto. Reunidor de afetos, com impulso transformador Um existencialismo negritado, desestabilizador do ordinário Versatilidade sem virtuose desnecessária, Mãos que escrevem, tocam, dedilham, pulsão e vibram Comovem, emocionam, enternecem – e afetam. Uma voz. A voz.