Apesar de se afirmar nos trabalhos realizados em dois discos autorais, identificados com a sua assinatura, o cantor e compositor baiano, radicado em Sergipe, Alex Sant’Anna não é um só. Além de ‘Aplausos mudos, vaias amplificadas’ (2004) e ‘Enquanto espera’ (2015), lançado através de uma campanha de crowdfunding, é preciso mencionar a sua atuação à frente da banda naurÊa, por onde lançou três discos e fez diversas turnês internacionais, as colaborações em projetos diversos como A Banda dos Corações Partidos e suas trilhas para cinema e teatro. Artista inspirado, compositor de mão cheia, Alex é muitos e só assim para dar conta de tanto trabalho, afinal sua arte é vária.
Alex Sant’Anna fez o possível para manter em atividade seu trabalho solo enquanto ganhava o mundo com a naurÊa. Lançou os EPs "Cansado" (2011) e "Fragmentos" (2012) Já teve músicas incluídas em coletâneas como World Music: South America Brazil (2013), e What’s Happening in Pernambuco (New Sounds of the Brazilian Northeast) (Luaka Bop, 2007) e dividiu o palco com artistas como Tom Zé, Manu Chao, Shantel, Isaar, Dj Dolores entre outros. Participou de Feiras e Festivais como Porto Musical (PE), Feira da Música de Fortaleza (CE) e Popkomm (Alemanha).
Com o olhar atento para ao seu tempo, em 2017 lança o EP “Insônia” que além das três canções, em que Alex amplia os caminhos da sonoridade presente em seu trabalho anterior, traz um clipe homônimo, dirigido por Baruch Blumberg, que leva o trabalho de Sant'Anna a flertar com a música psicodélica através de uma arquitetura que vai do roteiro à execução do filme em uma dança de símbolos buscando significado colhido na emoção de quem assiste. Esse affair com a psicodelia traduz o que já nota-se na audição da canção. Deste EP outros dois clipes foram lançados completando a chamada trilogia da ansiedade com as músicas "Insônia", "Fudeu" e Tudo.
Em 2019, através de mais um crowdfunding bem sucedido, Alex conseguiu financiamento para a gravação do terceiro CD, "Baião Amargo", disco onde o artista se propões a explorar as influências da música negra, afro-caribenha e brasileira, mais especificamente, o forró. Este disco irá por fim à expectativa cultivada ao longo dos últimos dois anos, desde o lançamento do EP "Insônia". Serão dez canções inéditas, com arranjos e letras inspiradas, com o amargor característico de sempre, o que reitera que ninguém perde por esperar.