Laysa (29 de dezembro de 1991) é uma rapper brasileira, nascida e crescida em Osasco,
São Paulo, Brasil. Seu trabalho que une vertentes do hip hop, reggae, trap, mpb, baile funk,
pop, dancehall e punk rock ganha destaque com seu celebrado álbum de estreia 129129
(2016). Raivoso e cheio de canções explícitas, o disco é um sucesso de público e crítica
que se aproxima da marca de 2 milhões de streams só no Spotify. Apontada como
referência do feminismo e do feminino em uma época em que poucas mulheres ousavam
construir uma carreira independente no rap nacional, se projeta na série documental
britânica Beyond Beauty with Grace Neutral, da I-D Magazine, e em matérias nos portais
Vice, Noisey e Remezcla.
Ao longo dos anos, Laysa colabora com diversos outros artistas, emprestando sua voz e
suas rimas ao lado de Don L, Pabllo Vittar, Linn da Quebrada e Cleo.
Com o rapper Don L, participa do single “Chapei” (mais de 1,5 milhões de visualizações no
YouTube), que figura no Top 10 de melhores músicas de 2016 no portal brasileiro da Red
Bull. No ano seguinte, colabora novamente com Don L na faixa "Mexe Pra Cam", do álbum
Roteiro Pra Aïnouz (Vol. 3), listado como um dos melhores do ano de 2017 da revista
Rolling Stone e da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Ao lado de MC Guimê,
lança “Tá Patrão 2.0”, faixa do disco Na Batida Vol. 2 (2017), do DJ KL Jay (Racionais
MC's). Convidada pelo artista suéco Gee Dixon, Laysa colabora em seu primeiro projeto
internacional: Majnoon Remix (2020), com o MC jamaicano Crocadile. Com Pabllo Vittar e
Linn da Quebrada participa, respectivamente, dos discos 111 Deluxe (2020) e Pajubá Remix
II (2020). A mais recente parceria é com Cleo na faixa "Arde", do disco Trago (2023), da
cantora Alva.
Na carreira solo, após a repercussão positiva do primeiro álbum, Laysa lança o single e
videoclipe de "Panda". Em 2019, explora os limites do trap e do ragga em singles poderosos
como, "Bitch Star", "Magia Negra", "Solitária" e "Dama do Bling". Empenhada em dirigir seus
próprios trabalhos e desenvolver suas habilidades como produtora musical, no mesmo ano
lança o single afrobeat ‘’Fashion Killa’’ trazendo originalidade, estilo e representatividade
LGBTQIA+ para o cenário do rap nacional.
Em busca de novas sonoridades, lança Índia (2020) e Deluxe (2021), dois álbuns dedicados
ao dancehall; e Bitch Brazil (2020), um EP de cinco faixas que constrói pontes entre a
música eletrônica, latina, jamaicana e o pop.
Em 2022, a rapper lança Ghetto Woman, trabalho que reúne nove faixas autobiográficas
com a curadoria do DJ KL Jay, com quem passa a colaborar com frequência. "É um disco
que toda mulher brasileira deveria escutar. Traz toda a força necessária para seguir em
frente. É um disco de cura. Maduro o suficiente, ele traz denúncia e resgata o feminino
enquanto essência da mulher selvagem, forte, que supera relacionamentos tóxicos", define.
Atualmente, Laysa é artista do selo KL Música e finaliza seu quinto álbum de carreira,
produzido por Léo Grijó (mesmo produtor de 129129) e Iky Castilho, e sob a direção musical
de KL Jay. O lançamento do novo álbum está previsto para 2024.