Encontrar uma definição para Cláudia Pascoal pode ser um trabalho moroso e, de alguma forma, inglório. Porque, ao escutarmos o seu mais recente trabalho, percebemos um fio condutor, mas também entendemos que dificilmente se deixará catalogar. Este é o resultado do caldeirão criativo que é a cabeça de uma das mais pujantes canto-autoras portuguesas da atualidade. Podemos tentar e chamar-lhe Ranchostar ou Néon Minhota, porque Cláudia embebe na sua cultura pop toda a tradição e raiz musical em que cresceu no Minho, e fá-lo com a naturalidade de quem se senta à mesa a jantar com a família.
O seu álbum “!!”, produzido por David Fonseca, conta com as participações de Manuela Azevedo, Marante, Natalia Lacunza, Filipe Melo e Joana Marques, e inclui os singles “Fado Chiclete”, “Eh Para a Frente, Eh Para Trás” e “Nasci Maria”, o tema com que participou no Festival da Canção 2023.
No final de 2024, lançou ao lado de Ana Bacalhau o single “Imperial é Fino”, um tema que reforça a sua identidade artística e a capacidade de criar canções que cruzam tradição com modernidade e significado.
Agora regressa com “Puras Donzelas”, um hino à autenticidade e à liberdade de expressão. Com uma mensagem intrinsecamente feminista, a artista desafia convenções e celebra a força e independência feminina, promovendo a autoafirmação e a rejeição dos papéis impostos.