Letras
(Vamos voltar ao início)
Não escolhi fazer RAP não, na moral
O RAP me escolheu porque eu aguento ser real
Como se faz necessário, tiozão
Uns rima por ter talento
Eu rimo porque eu tenho uma missão
Sou porta-voz de quem nunca foi ouvido
Os esquecido lembra de mim porque eu lembro dos esquecido
Aí, tipo embaixador da rua
Só de ver o brilho no meu olho os falso já recua
E os cordeiro em pele de lobo gritando que 'tá pronto
Eu vi, na de pegar o dinheiro igual puta faz ponto
Aqui, que é meu confronto em si
Me da um desconto, aí
Caminho nas calçada sempre, nunca te vi
Enquanto os otário se acha, os valor se perde
Sobra pra quem tem em falta, ser isso pra mim não serve
Não, mano, não 'to com os verme panguando
Montando as track, eu e os moleque tamo' trampano
Burlando as lei, um bagulho eu sei
Já que o rei não vai virar humilde
Eu vou fazer o humilde virar rei
Me entenda nesse instante
Essa cerimônia marca o começo do retorno do império Ashanti
Atabaques vão soar como tambores de guerra
Meu exército, marchando pelas rua de terra
Pra tirar medalha dos canalha sem aura boa
E triunfo memo pa' nóis é o sorriso da coroa
Nóis quer mulher sim, quer um dim também
Quer ver nossos neguinho lá, vivendo bem
Só que aí pra mim a luta vai além
Quem pensar pequeninin', tio, vai morrer sem
Não pa' ser mais que alguém
Não, só saí da lama
Os que caiu foi porque confundiu respeito e fama
Na minha cabeça não existe equívoco ameno
O jogo é sujo, vai ganhar mais quem erra menos
Eu fiz meu próprio caminho e meu caminho me fez
Não é qualquer dinheirinho que vai tirar a lucidez
Que eu carrego na mente, tio
Segunda chance é só no vídeo game
Então é bom ficar ligeiro, viu
Na pista pela vitória, pelo triunfo
Conquista se é pela glória, uso meu trunfo, irmão
A rua é nóis, é nóis, é nóis (aonde nóis brigamos por nóis)
Na pista pela vitória, pelo triunfo
Conquista se é pela glória, uso meu trunfo
A rua é nóis, é nóis, é nóis (aonde nóis brigamos por nóis)
(Pêi!)
Leandro Roque De Oliveira
Warner Chappell Music, Inc.