Cantor, compositor, músico, arranjador e produtor.
Djavan entrou para o mundo da música ainda jovem, aprendendo violão sozinho nas cifras de revistas. Aos 18 já anima bailes da cidade com sua banda.
Aos 23 começa a cantar como crooner de boates famosas do Rio de Janeiro. Em seguida passa a cantar trilhas sonoras de novelas para as quais grava músicas de compositores consagrados como Dorival Caymmi, Toquinho e Vinícius e Paulo e Marcos Sérgio Valle.
Em três anos compõe mais de 60 músicas de variados gêneros. Com uma delas, "Fato Consumado", ganha segundo lugar no Festival Abertura, em 1975, e em seguida grava seu primeiro disco. Seria apenas o primeiro de uma longa discografia que colocou Djavan entre os maiores e mais influentes artistas da música brasileira.
Seu primeiro álbum, A voz, o violão, a música de Djavan, é um disco de samba sacudido e diferente de tudo que se fazia na época. Visto hoje, este trabalho não marca apenas a estreia de Djavan, mas torna-o figura incontornável na história da música brasileira.
Ao longo da carreira, canta acompanhado faz parcerias com Aldir Blanc, Cacaso, Chico Buarque e outros grandes nomes da MPB. Djavan vê algumas de suas músicas ganharem outras vozes: Nana Caymmi grava "Dupla traição", Maria Bethânia em “Álibi, Roberto Carlos com “A ilha”, Gal Costa cantando “Açaí" e “Faltando um pedaço”, e Caetano Veloso, retribuindo a homenagem do verbo caetanear, substitui por djavanear em sua versão de "Sina".
Em 1982, a música "Flor-de-lis" torna-se o primeiro sucesso de Djavan na voz da diva americana Carmen McRae, com o título de "Upside Down". A convite da gravadora CBS (futura Sony Music), Djavan embarca para Los Angeles para gravar sob a produção de Ronnie Foster, um dos principais da soul music americana.
O trabalho abre portas e daí seguem-se dois anos de viagens em turnê pelo mundo.
Quando volta a gravar no Brasil, retorna ao samba já com estilo musical identificado pelo público, mas também um passeio por baiões, canções, baladas e, a marca do cantor, músicas românticas.
Em 1994, aos 45 anos de vida e 20 de carreira, Djavan lança a obra que marca sua maturidade e é inteiramente composta, produzida e arranjada por ele: Novena.
Em 1998, ouvimos um Djavan festivo e dançante, incendiando pistas ao ritmo do funk no álbum BichoSolto.
A marca de dois milhões de cópias vendidas fica a cargo do disco duplo Ao Vivo em 1999, o primeiro gravado fora dos estúdios.
O álbum Ária, de 2010, é o primeiro a trazer Djavan exclusivamente como intérprete de outros compositores. O resultado é a reinvenção de canções clássicas e o prêmio de melhor álbum de música popular brasileira do Grammy Latino 2001.
Com quase 20 álbuns gravados ao longo de 40 anos de carreira, o mais recente é Rua dos Amores Ao Vivo. São 16 faixas, entre a inédita “Maledeto” e grandes sucessos como “Meu Bem-Querer”, “Oceano”, “Samurai”, “Se” e “Sina”.