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Em 2014, a banda pernambucana Mombojó completa 13 anos de
formação, contados a partir do primeiro ensaio que fizeram juntos no Estúdio
Skill, do Seu Damião, em Recife. Na época, os integrantes tinham por volta de
17 anos de idade e começavam uma carreira prolífica na música. Hoje, já na
“casa” dos 30 anos, os músicos do Mombojó lançam “Alexandre”, pelo slap.
A trajetória da banda é longa, mas o novo álbum remonta ao início
de tudo, lá no estúdio do Seu Damião. Isso porque Alexandre seria o nome
do primeiro disco do grupo, que acabou intitulado “Nadadenovo”, em 2004.
O nome surgiu de uma brincadeira a respeito da sonoridade de uma voz do
teclado do pai de Samuel Vieira, ex-baixista do grupo, que dizia "Are you
sure?". A reprodução soava com algo semelhante a “Alexandre” e o nome
virou piada interna da banda, sendo inserido inclusive em algumas músicas
do trabalho de estreia. É da identificação dessa época com o atual momento
da banda que surgiu a ideia de, enfim, usar o nome neste novo trabalho. “Por
algum motivo achamos que essa fase atual nos remete muito à atmosfera
criativa vivida por nós na época do "Are you sure?". Daí a escolha do nome”,
diz Marcelo Machado (guitarra).
Em “Alexandre”, essa atmosfera criativa leva o grupo a uma experimentação
maior, uma ruptura com o histórico dos outros álbuns. Esse foi o primeiro disco
gravado com improvisos, mais inserções de programações de bateria eletrônica, um
álbum menos canção e mais música. “É como se a gente estivesse um pouco mais
confiante no nosso próprio taco, sem medo de arriscar e disposto a mudanças nas
nossas próprias linhas de raciocínio musical”, reforça Chiquinho (teclado e synths).
Ao todo são 11 faixas que fogem da moldura da canção e se esgueiram pelo disco
incorporando improvisos, trilhas sonoras, vinhetas e maior investimento instrumental
que conferem ao álbum estímulos visuais e sensoriais a cada faixa.